sexta-feira, 10 de julho de 2009

Miss you...

Dois anos se passaram, tão depressa e com tanta informação que, por vezes, nem nos apercebemos de há quanto tempo partiste. Parece mesmo que foi ontem, porque nos lembramos tão bem de todos os momentos da tua partida, assim como de todos os momentos em que estiveste connosco. Lembro-me perfeitamente de te ver a cantar efusivamente e a revitalizar-te com todo o som que te rodeava, recuperavas toda a tua energia e afastavas as más vibrações que te perseguiam. Lembro-me tão bem de quando andavas pela rua, sempre com um sorriso lindo, a encantar todos e a descansar cada pessoa, a consolar cada doente e a consolar as próprias pessoas que te rodeavam. Lembro-me tão bem da forma como te despediste, da mão que agarravas quanto alguém te visitava, do olhar pacífico quando estavas deitada com dores. Querias a todo o custo mostrar-nos que estavas bem, para que não sofrêssemos, quando estavas tu em sofrimento… Lembro-me tão bem de, na noite de S. João, te encontrar no jardim, a ver o teu último fogo de artifício, com dores, mas com um sorriso. Já não me conseguias esconder, porém, o que sentias, mas tentavas e tentavas aproveitar cada momento. Lembro-me de ires à aula de dança comigo, apenas para aproveitares o que a vida ainda te dava,… Tentavas viver e tentavas aproveitar cada momento, porque tu, melhor do que ninguém, sabias como estavas e sabias que a tua passagem por cá era curta… Por isso mesmo, ensinaste a cada um de nós como viver intensamente, como apreciar cada momento e cada companhia.
Hoje a saudade é forte, mas já mais calma. Sentimos a tua presença todos os dias, referimos o teu nome quase todos os dias, ou quando não o fazemos é para não lembrar ao outro a tua ausência. Mas a saudade vive agora em nós de forma mais calma, algo mais aceite, como se ainda fosses regressar um dia, ou acreditamos simplesmente que és tu que velas por nós. Quando ganhámos algo sabemos que és tu que nos ajudaste. Talvez nos tranquilizemos desta forma, talvez seja mais fácil aceitarmos a tua ausência assim. E todos os dias continuamos a ouvir-te…


Ai eu ainda um dia irei
Rasgar a solidão
E pois entrelaçar
O olhar de uma canção.

Subir ao cume, ao cimo, ao alto,
Mais longe e mais além,
Mas a saber que sou alguém.


Miss you……

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